Padroeiros

São Francisco de Assis - Padroeiro da Paróquia
4 de Outubro

Nasceu na cidade de Assis, na Úmbria, em 1181 ou 1182. Era filho de Dona Picca e Pedro Bernardone. Depois de uma juventude alegre e mais ou menos descompromissada, com a idade de 25 anos, sentiu-se mudado pela graça divina, transformação que ele atribuía ao fato de se ter superado, dedicando-se à assistência dos leprosos, para junto dos quais o “levou o Senhor”.

            Um dia, enquanto rezava diante da imagem do Crucificado, na igrejinha, em ruínas, de São Damião, ouviu a voz de Cristo que lhe ordenava: “Francisco, vê e reconstrói a minha Igreja!” Sucedeu, depois, o rompimento com o pai e a renúncia total diante do Bispo. Durante três anos, mendigando o sustento e tido como louco, dedicou-se a reconstruir igrejas nas mediações de Assis, até que um dia e, em 1209, ao escutar a leitura evangélica da missão dos discípulos, descobriu sua vocação definitiva: “viver segundo a forma do santo Evangelho”. Abandonou o traje de peregrino, que então havia usado, e apresentou-se vestido de uma túnica simples, cingido com uma corda, e  com  os  pés  descalços, anunciando  o  Reino  de  Deus e convidado à conversão. Tinha se despojado de tudo: riquezas, ambições, orgulho, e até da roupa que usava para desposar a Senhora Pobreza e repropor ao mundo, em perfeita alegria, o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade. Nascido numa cidade de comércio, de pai comerciante, o jovem rebento de Bernardone gastava com certa prodigilidade o dinheiro do pai. Aos vinte anos, quis alistar-se como     cavaleiro   no  exército  de   Gualtieri  de   Brienne,  que combatia pelo papa, mas em Spolevo teve um sonho revelador no qual era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo. Tendo renunciado definitivamente aos bens paternos, Francisco levava uma vida solitária e errante, até que uma frase luminosa do evangelho impeliu-o à pregação e a constituição do primeiro núcleo da Ordem dos Frades Menores, cuja regra foi aprovada pelo papa Inocêncio III.
            O segundo capítulo da vida do santo é caracterizado por uma intensa pregação e incessantes viagens missionárias, para levar aos homens freqüentemente armados uns contra os outros, a mensagem evangélica de Paz e Bem. Após ter-se aventurado a uma viagem à Terra Santa, à Síria e ao Egito, em 1220 voltou para Assis e tratou de pôr ordem em sua própria casa, redigindo a segunda Regra, aprovada por Honório III. Já debilitado fisicamente pelas duras penitências, entrou na última etapa de sua vida, que assinalou a sua perfeita configuração a Cristo, até fisicamente, com o sigilo dos estigmas, recebidos sobre o monte Alverne a 14 de setembro de 1224. Vindo a falecer aos 44 anos de idade a 3 de outubro de1226.
Autor de Cântico do Irmão Sol, um dos santos mais amados pelo mundo inteiro, São Francisco foi canonizado dois anos após a morte.
Em 1939, Pio XII tributou um ulterior reconhecimento oficial ao “mais italiano dos santos e mais santo dos italianos”, proclamando-o padroeiro principal da Itália.

Santo Antônio - Co-padroeiro da Paróquia
13 de Junho

Antônio, cujo o nome de registro é Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nasceu em Lisboa em 1195. Entrou aos quinze anos no colégio dos cônegos regulares de santo Agostinho. Em apenas nove meses aprofundou tanto o estudo da Sagrada Escritura que foi chamado mais tarde por Gregório IX “arca do Testamento”. Uniu à cultura teológica a filosófica e a científica, muito viva pela influência árabe.
            Cinco franciscanos tinham sido martirizados no Marrocos, onde tinham ido para evangelizar os infiéis; Fernando viu seus ataúdes transportados para Portugal em 1220, e decidiu seguir-lhes os passos, entrando na Ordem dos frades mendicantes de Coimbra, com o nome de Antônio de Olivares.
            Durante a viagem para Marrocos, onde pôde ficar apenas alguns dias por causa de sua hidropisia, um acidente arrastou a embarcação para as costas sicilianas. Morou alguns meses em Messina, no convento dos franciscanos, cujo o prior o levou consigo a Assis para o Capitulo geral. Aqui Antônio conheceu pessoalmente “o trovador de Deus”, Francisco de Assis. Foi designado para província franciscana da Romagna e viveu a vida eremítica num convento perto de Forli. Incumbido das humildes funções de cozinheiro, frei Antônio viveu na obscuridade até que seus superiores, percebendo seus extraordinários dons de pregador, enviaram-no pela Itália Setentrional e pela França afim de pregar nos lugares onde a heresia dos albigenses era mais forte.
            Antônio teve finalmente uma morada fixa no convento de Arcella, a um quilômetro dos muros de Pádua. Daí saia para pregar aonde quer que fosse chamado.
            Em 1231, o ano em que sua pregação atingiu o vértice de intensidade e se caracterizou por conteúdo sociais, Antônio foi atingido por uma doença inesperada e foi transportado do convento Camposampiero a Pádua num carro de feno. Morreu em Arcella a 13 de Junho de 1231. “O santo por antonomásia, como era chamado em Pádua, foi canonizado em Pentecostes de 1232, apenas um ano após sua morte, apoiado por uma popularidade que sempre crescia de época em época”. 

Nossa Senhora da Conceição - Padroeira da comunidade Fagundes 
8 de Dezembro

O pecado original é uma realidade misteriosa e pouco evidente para nós enquanto comporta um prolongamento da culpa dos progenitores a todos nós. Neste dia nós o consideramos na sua conspícua exceção, ou melhor, no seu singular privilégio concedido  a  Maria,  que foi  dele  preservada desde o primeiro instante de sua concepção, de sua existência humana. O valor doutrinal desta festividade é manifesto na prece da celebração litúrgica, que sublinha o privilégio à futura mãe de Deus: “Ó Deus, que pela Imaculada Conceição da Virgem preparaste ao teu filho uma morada digna dele...”,e a própria natureza deste privilégio, enquanto não subtrai Maria à Redenção universal efetuada por Cristo: “Tu que preservaste de toda mancha na previsão da morte do teu filho...”


            Antes que Pio IX com a bula Ineffabilis Deus de 1854 definisse solenemente o dogma da Imaculada Conceição não obstante  as  hesitações  de  alguns  teólogos,  que  podiam  apelar
para o próprio santo Tomas de Aquino, tinha-se chegado a um desenvolvimento não só da devoção popular para com a Imaculada, mas também nas intervenções dos papas a favor desta celebração. Antes que o calendário romano incluísse a festa em 1476, esta já havia aparecido no Oriente no século sétimo, e contemporaneamente, na Itália meridional dominada pelos bizantinos.
            Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e finalmente em 1708, Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda cristandade. Mas desde a origem do cristianismo Maria foi venerada pelos fiéis como Toda Santa. No primeiro esboço da festa litúrgica da Conceição, anterior ao século sétimo, nota-se, se não a profissão explicita da isenção da culpa original, pelo menos uma persuasão equivalente. “Deus podia fazê-lo, convinha que o fizesse, portanto o fez”. Do infinito amor de Cristo para com a Mãe, que a pré-redimiu e a acumulou do Espírito Santo desde do primeiro instante da sua existência, derivou este singular privilégio, que a Igreja hoje celebra para nos fazer meditar não só sobre a inefável beleza da alma de Maria, mas também sobre a beleza de toda alma santificada pela graça redentora de Cristo.Quatro anos após a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, a Virgem apareceu a santa Bernadete Soubirous. Para a menina que, timidamente perguntava: “Senhora, quer ter a bondade de dizer seu nome?”, Maria respondeu: “Eu sou a Imaculada Conceição.”   

Santa Luzia - padroeira das comunidades Trairussu, Engenho Velho e Araças
13 de Dezembro

Santa Luzia, uma das heroínas mais gloriosas da Igreja de Cristo, nasceu na Sicília, no século terceiro. Os pais de Luzia eram cristãos, de nobre origem e ricos. A educação primorosa que deram à filha, não tardou a revelar bons frutos. Luzia, de tenra idade ainda, ávida de ser toda de Jesus, ofereceu a virgindade ao divino esposo num voto especial. Cedo morreu o pai. A vontade da mãe, Eutíquia, era que Luzia contraísse matrimônio com o moço de estirpe nobre, mas pagão.
            Na sua perplexidade de querer guardar o voto e ao mesmo tempo não contrariar os planos da mãe, pediu Luzia que lhe fosse concedido um prazo, para com Deus na oração pensar sobre a proposta e tomar resolução. A mãe adoeceu gravemente e outra enfermeira não admitia a não ser a filha. Quatro anos durou a enfermidade, sem que houvesse esperança de recuperar a saúde.           
A conselho de Luzia fizeram uma romaria ao túmulo de Santa Ágata, em Catânia, celebérrimo pelos numerosos e estupendos milagres, com que Deus se dignava sua santa serva. Depois de ter passado muito tempo em oração junto ao corpo da santa Mártir, Luzia adormeceu e parecia - lhe no sono ter tido a visão de Santa Ágata e vê-la bem distintamente dizer: “Que desejas de mim querida irmã? Tua mãe esta restabelecida graças a tua fé. Sabe que, como Deus se dignou de glorificar a cidade de Catânia por minha causa, assim Siracusa será célebre por ti, por que pela tua virgindade preparaste agradável morada a Deus em teu coração”. Luzia acordou e encontrou a mãe completamente restabelecida. Mãe e filha, sumamente agradecidas a Deus e a Santa Ágata, voltaram para Siracusa. Como surgisse novamente a idéia de casamento de Luzia, esta pediu instantemente a mãe, que não mais disto tratasse visto que se tinha ligado a Jesus por um solene voto. Mais difícil foi conseguir o dote, da mesma forma que se tivesse aceito a proposta do casamento. “Espera até eu morrer, tinha lhe dito ela – depois da minha morte, poderás fazer do que é teu, o que quiseres”. Bem sabia que Eutiquia que dinheiro nas mãos da filha ia parar nas mãos dos pobres. Luzia, porém respondeu: O que se promete aos pobres, para ser-lhes dado depois da nossa morte, não é tão agradável a Deus como aquilo que se lhes dá enquanto temos vida. Finalmente a mãe atendeu aos pedidos de Luzia e deu-lhe o dote aconteceu o que era de se esperar Luzia repartiu tudo entre os pobres. O moço que até aí nutria a esperança de se casar com Luzia, tendo notícias do que sucedera transformou o amor em ódio e denunciou-a perante o governador Pascásio por dois crimes: De não ter cumprido a palavra e de ser cristã e, portanto, desprezadora dos deuses nacionais. Pascásio citou a donzela perante o tribunal e intimou-a a sacrificar aos deuses e solver a palavra dada aos cidadãos: “Nem uma, nem outra coisa farei, respondeu Luzia. Adoro a um só Deus verdadeiro a ele prometi fidelidade e a mais ninguém”. – Pascásio: “Devo exigir que respeites a ordem imperial: de prestar homenagem aos deuses e cumprir o que prometeste”. – Luzia: “Fazes bem em cumprir as ordens do imperador; eu cumpro as que Deus me deu. Se tens medo dos poderes de um homem mortal eu temo os juízes de Deus a Ele devo sujeitar-me”. Pascásio: “Deixa de falar fanfarronices, se não queres que a tortura te ensine a usar de outra linguagem”. – “Aos servos de Deus não faltará a palavra, por que cristo disse “Se estiverdes diante de reis e governadores, não cuides o que haveis de falar; por que não sereis vós quem fala, mas por vós falará o espírito de Deus”. (Mt 10, 18). Pascásio: “Está em ti o espírito de Deus?”– Luzia: “Quem vive casta e santamente é templo do espírito divino”. Pascásio: “Se assim é, farei que deixes de ser templo de Deus, e verás como ti haverás com a castidade”. Luzia: “Sem a minha vontade a virtude nada sofrerá: Podes à força por incenso nas minhas mãos, para que eu ofereça aos deuses; de nada vale, por que Deus que conhece o coração, não me julgará o que fiz sob coação. Não poderei resistir à força, mas minha virtude, dupla coroa receberá”. – A ordem do governador foi posta logo em execução.
Luzia saiu do tribunal, entregue à vontade e brutalidade dos homens, mas  cheia de confiança em Deus invocando-lhe o auxílio. E eis como Deus lhe recompensou a fé. Quando os verdugos trouxeram mãos a obra, para levar a donzela ao lugar determinado, força nenhuma foi capaz de fazê-la mover-se de onde estava o fato causou grande estupefação. Mas em vez de reconhecer nisto o poder de Deus, que defende os seus, os pagãos viram em tudo obra de feitiçaria. Foram chamados os sacerdotes, magos, para desencantar o feitiço mas nada conseguiram. Luzia resistiu heróica e superiormente a todas as tentativas dos inimigos. Pascásio ideou outro plano. Ordenou que despejassem sobre a virgem azeite, pixe e resina e ateassem uma grande fogueira em redor. Outra maravilha! Subiram umas labaredas, e  a densa fumaça encobriu a figura da dozela, a qual, porém, ficou ilesa. Ao vê isto, Pascásio, encolerizado e confuso, deu ordem a um soldado para que, com a espada, atravessasse a garganta daquela que, jubilosa e triunfante, exortava aos assistentes do espetáculo, a que abandonasse os falsos ídolos. A ferida foi mortal. Luzia entregou o espírito a Deus, para receber a palma do vitorioso martírio e isto aconteceu no ano 303.

Santa Bárbara - padroeira da comunidade Aroeiras
4 de Dezembro

Santa Bárbara nasceu provavelmente na cidade de Nicomédia de Bitínia, província da Ásia Menor, pertencendo a uma família de certa posição social. Às ocultas dos pais, fanáticos pagãos, conseguiu instruir-se na religião cristã. Devia ser bela e inteligente, porque seu pai, Dióscoro, rico funcionário do Império, depositava nela as mais radiosas esperanças em vista de um casamento honroso.
            Ela foi mantida pelo pai presa em uma torre ser preservada do mundo. Ele lhe arrumou uma proposta de casamento, que Bárbara rejeitou. Ao voltar de uma viagem, Dióscoro foi comunicado pela filha que ela havia se convertido ao cristianismo. Ficou, então, furioso e seu amor paterno se transformou em ódio desumano. Por causa de sua conversão, denunciou – a ao prefeito da província, Martiniano, que a torturou, mas suas feridas sempre apareciam curadas. Era o tempo do imperador Maximiano, nos primeiros anos do século IV.
            O próprio pai, Dióscoro, furioso em seu cego paganismo, enraivecido por causa da fé de sua filha, decepcionado em seus interesses, pediu ao tribunal que Bárbara fosse decapitada e que ele mesmo o fizesse. Numa excesso de barbárie, atirou-se contra filha, que se colocou de joelhos em atitude de oração, e lhe decepou a cabeça. Logo após ter praticado seu hediondo crime, começou uma tempestade e um raio atingiu Dióscoro, que caiu morto carbonizado.
            É por esta razão que Santa Bárbara é considerada Padroeira dos Bombeiros e invocada, sobretudo, como protetora contra a morte trágica e contra os perigos de explosões, de raios, de tempestades, de trovões e relâmpagos.
            Na iconografia cristã, Santa Bárbara é geralmente apresentada como uma virgem, alta, majestosa, com uma palma significando o martírio, um cálice com o símbolo de sua proteção em favor dos moribundos e ao lado uma espada, instrumento de sua morte.
Jesus Misericordioso - padroeiro da Vila da Misericórdia
2º domingo da Páscoa - Festa da misericórdia

A Divina Misericórdia é uma devoção religiosa católica de origem polonesa, e cuja divulgação se deve a Santa Faustina Kowalska, que é considerada uma das grandes místicas da Igreja Católica. Em seu Diário, a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao Mundo a sua Misericórdia. A imagem de Jesus Misericordioso e seu modelo foi mostrado em visão que irmã Faustina teve dia 22 de Fevereiro de 1931 na cela do convento. A imagem representa Jesus Ressuscitado que trás aos homens a paz pela remissão dos pecados, pelo preço de sua Paixão e Morte na Cruz. Os raios do Sangue e Água que brotam do coração (invisível na imagem) trespassado por uma lança, e as cicatrizes das chagas da crucifixão relembram os acontecimentos da Sexta-Feira Santa. A imagem de Jesus Misericordioso une, então, estes dois acontecimentos evangélicos que mais plenamente falam sobre o amor de Deus para com o homem. Os dois raios da imagem, Nosso Senhor revelou seu significado: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas. Essa imagem não só representa a Misericórdia Divina, mas constitui também um sinal para relembrar o dever cristão da confiança em Deus e de um ativo amor para com o próximo.
A festa da Misericórdia
            Ocupa um lugar privilegiado entre todas as formas da devoção à Misericórdia Divina reveladas à Irmã Faustina. Pela primeira vez Nosso Senhor falou sobre a instituição dessa Festa em 1931, em Plock, quando exprimiu a sua vontade de que fosse pintada a imagem: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.” (D.49).
            O Papa João Paulo II, em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia.
            Jesus prometeu: "Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim".

São José - padroeiro da comunidade Canoa
19 de Março

As fontes biográficas de São José são escassas. Os evangelhos de são Mateus e de são Lucas apenas mencionam que São José era dessedente de Davi. O fato saliente na vida do homem justo foi o seu casamento com Maria. Então todos os jovens pretendentes teriam deixado seus bastões para ter um sinal. O sinal apareceu. O bastão de José, prodigiosamente, floresceu. Todos reconheceram a preferência.
            O matrimônio de José com Maria foi um verdadeiro matrimônio, embora virginal. Quando José percebeu que Maria ia ser mãe ficou sem saber o que fazer, que atitude tomar. Por um lado sabia que ela não tivera parte naquela gravidez, por outro era-lhe impossível duvidar da fidelidade da esposa. Resolveu deixá-la secretamente. Sendo um homem justo, diz o evangelho não quis levantar suspeitas, nem comentar nada com ninguém. O dilema angustiante foi resolvido por um anjo. A atitude de José demonstrou que ele estava a altura de sua nobre e singular missão: recebeu em casa a sua esposa. Com ela, obedecendo ao imperador, foi ao recenseamento, onde o verbo eterno apareceu neste mundo, acolhido pela homenagem de humildes pastores, dos sábios e ricos magos, mas ao mesmo tempo recebia as hostilidades do rei Herodes que obrigou a Sagrada Família a fugir para o Egito. Voltaram à solidão de Nazaré até Jesus completar doze anos quando temos o episódio da perda do Menino Jesus e de seu encontro no Templo. Depois disso o Evangelho resume Jesus obedecia a Maria e José, crescia em sabedoria, idade e graça...
            Talvez já estivesse morto quando Jesus iniciou o ministério público. De qualquer modo ficou na sombra e no silêncio de tudo. É o patrono da Igreja universal. João XXIII pôs seu nome no cânon da Missa.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida - padroeira da comunidade Lagoa de Cima
12 de Outubro

A história de Nossa Senhora Aparecida é narrada por Pe. José Alves Vilela, então vigário de Guaratinguetá, do seguinte modo: “Na segunda quinzena de Outubro de 1717, passando por esta vila de Guaratinguetá para as Minas o governador delas e de São Paulo, o conde Assumar, dom Pedro de Almeida, foram notificados pala câmara os pescadores, para apresentarem todo o peixe que pudessem haver para o dito governador. Entre muitos, foram para pescar Domingos M. Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, em suas canoas.
E principiando a lançar suas redes no porto de José Correa Leite, continuaram até o Porto de Itaguaçu, distante bastante sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a sua rede de arrasto, tirou o corpo da Senhora, sem a cabeça; e lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça da mesma Senhora da Conceição, não se sabendo nunca que ali a lançasse.
            Guardou a imagem em um pano; e continuando a pescaria, não tendo então pescado peixe algum dali em diante foi tão copiosa a pescaria em poucos lanços, que receosos os companheiros de naufragarem pelo muito peixe que tinham na canoa, se retiraram a suas casas, admirados deste sucesso. Felipe Pedroso conservou esta imagem seis anos em sua casa, perto de Lourenço de Sá; e passando para Ponte Alta, ali a conservou em sua casa por nove anos. Daqui se passou a morar em Itaguaçu, onde deu a imagem a seu filho Atanásio Pedroso, o qual lhe fez oratório e num altar de paus colocou a Senhora, estando a noite serena; e querendo logo Silvana da Rocha acender as luzes apagadas, também se viram acesas, sem intervir diligencia alguma; foi este o primeiro prodígio”.Muitos outros milagres se sucederam, uma capela foi construída para acolher os visitantes que vinham rogar sua intercessão.Em 1888 foi benta a chamada “basílica velha” e em 1980 o papa João Paulo II consagrou o atual santuário, um dos maiores do mundo. A tradição de romarias à Basílica de Aparecida (SP) iniciaram em 1900, com a ida de 1200 peregrinos de São Paulo.     Em 1929, Nossa Senhora Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e em 1931, em solenidade no Rio de Janeiro, foi proclamada Rainha e Padroeira do Brasil. A coroa e o manto azul-marinho que cobrem a imagem negra de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foram doação da princesa Isabel, devota da virgem.

São Pedro - padroeiro da comunidade Iguape
29 de Junho

Pedro também chamado Simão Pedro ou Cefas (a rocha) foi o primeiro Papa, foi o príncipe dos apóstolos e o fundador, junto com São Paulo da Santa Sé de Roma. Pedro era um nativo de Betsaida, Cafarnaum, perto do lago Tiberíades, trabalhava como o seu irmão Santo André, como pescador no Lago Genesaré. André (primeiro discípulo de Jesus) introduziu Pedro a Jesus e Jesus chamou Pedro para se tornar um de seus discípulos. Em Lucas é recontada a história de que Pedro, capturando imensa quantidade de peixes, ajoelhou-se diante de Jesus e o Senhor lhe disse: "Não tenhas medo por que de agora em diante serás pescador de homens”. Pescava um dia às margens do rio Jordão quando Jesus o chamou. Daí por diante passou a seguir, o Mestre era como o chamava sempre, que dele fez o chefe do colégio apostólico. Petulante, chegou a negar a Jesus, a quem amava demais, e após sua morte foi perdoado. Possuía uma fé intensa, mas às vezes se mostrava fraco, incrédulo e até mesmo um covarde.
Presenciou a transfiguração, mas não apareceu no Calvário. Jesus o incumbiu de confirmar os irmãos na fé e deu-lhe as chaves do seu reino. Pedro o reconheceu como o "Messias,
filho do Deus vivo e Jesus respondeu dizendo"......e tu és Pedro e sobre esta pedra (ou rocha – em grego) Eu construirei a minha igreja e te darei as chaves do reino do céu. Tudo o que ligares na terra será ligado no céu; e tudo que desligares na terra será desligado no céu.
            Fortalecido pelo Espírito Santo no dia de Pentecostes, se pois a pregar o Evangelho aos judeus e gentios. Presidiu a eleição de Matias, escolhido para suceder a Judas, bem como o Concílio de Jerusalém, depois do qual se dispersaram os Apóstolos, a fim de, seguindo a determinação do Mestre, irem pregar o Evangelho a toda criatura, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Levado perante o Sinédrio (Supremo Conselho dos Judeus), afirmou sua fé em Cristo. Foi preso por ordem do rei Agripa I, encaminhado à Roma durante o reinado de Nero, onde fundou e presidiu à comunidade cristã, vindo a ser crucificado de cabeça para baixo,  pois não se achava digno de morrer de maneira igual ao mestre, como mártir em 67 d.C. Ele teria sido sepultado em Roma na Colina onde é o hoje o Vaticano, e escavações sob a Basílica de São Pedro teriam encontrado sua tumba e suas relíquias.
            Desde dos primeiros anos da Igreja, Pedro é reconhecido com o Príncipe dos Apóstolos e o Primeiro Sumo Pontífice. Assim teve uma posição de supremacia sobre toda a Igreja Católica.
Após a ressurreição, Pedro foi à tumba com outro discípulo (provavelmente João) logo após ter sido informado por uma das mulheres. A primeira aparição do Cristo Ressuscitado foi perante Pedro antes dos outros discípulos e quando o Senhor apareceu diante dos discípulos em Tiberíades, deu a Pedro o famoso comando: “alimente meu rebanho....cuide do meu rebanho....alimente o meu rebanho". Ele negou a Jesus três vezes, como havia predito Jesus e depois chorou amargamente. Varias vezes imediatamente após a Ressurreição, Pedro é inquestionavelmente o líder dos apóstolos. Sua posição ficou ainda mais evidente quando ele indicou o substituto de Judas Iscariotes e foi o primeiro a falar para as multidões que se juntaram após a descida do Espírito Santo no Pentecostes. Foi o primeiro apóstolo a fazer milagres em nome do Senhor. Na arte litúrgica da Igreja, São Pedro é mostrado como um velho homem segurando uma chave e um livro. Seus símbolos são: uma cruz invertida, um barco (barco de Jesus) e um galo (tripla negação de Jesus). Pesquisando um pouco mais sobre São Pedro verificamos que ele tinha uma esposa e que ele viveu em Cafarnaum, com a sua sogra (a sua esposa não é mencionada) na casa dela, mais ou menos no início da pregação de Jesus nos anos 26-28 DC. Assim é de se supor que Pedro foi casado durante algum tempo. Comemoramos no dia 29 de Junho o dia dedicado ao  príncipe     dos    apóstolos   e Primeiro Papa da Igreja. Mas Jesus mudou-lhe o nome para Pedro que significa pedra, pois ele seria a rocha forte sobre a qual Jesus edificaria sua Igreja. Por isso comprovadamente ele foi o primeiro Papa da Igreja Católica Apostólica Romana...

São João Batista - padroeiro da comunidade Novo Iguape
24 de Junho

João, chamado o batizador, é filho de Zacarias e de Isabel, ambos de estirpe sacerdotal. Sabemos pelas do anjo Gabriel que João (cujo o nome significa: “Deus é propício”) foi concedido aos dois cônjuges em idade avançada. Já vaticinado na Escritura como o precursor do Messias, João encarna o caráter forte de Elias. A sua missão de fato será semelhante “no espírito e no poder” àquela do profeta Elias, enviado para preparar “um povo perfeito” para o advento do Messias. A criança que vai nascer percebe a presença de Jesus “estremecendo de alegria” no ventre materno por ocasião da visita de Maria à prima Isabel. Enviado por Deus para “endireitar
os caminhos do Senhor”, foi santificado pela graça divina antes mesmo que seus olhos se abrissem à luz. “eis diz Isabel, repleta do espírito santo, a Maria quando tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre”.
            Conforme a cronologia sugerida pelo anjo Gabriel (este é o sexto mês para Isabel), o nascimento do precursor foi fixado pela Igreja latina três meses após a Anunciação e seis meses antes do Natal. A celebração da Natividade do Batista é, com a do nascimento de Jesus e de Maria, a única festa litúrgica que a Igreja dedica ao nascimento de um santo. 
São João Batista é o primeiro santo venerado na Igreja universal com uma festa litúrgica particular, em data antiqüíssima.Igualmente antiga é a celebração da vigília do santo, conhecida pelo Sacramentário Leonino, suprimida somente pelo novo calendário. Isso atesta o grande interesse que em todas as épocas suscitou este austero profeta, definido pelo próprio Cristo como “o maior entre os nascidos de mulher”.
            Na história da redenção, João Batista esta entre as personalidades mais singulares: é o último profeta e o primeiro apostolo, enquanto precede o Messias e lhe dá testemunho. “É mais que um profeta disse ainda Jesus. É dele que está escrito: eis que envio o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti”. Castigador da hipocrisia e da imoralidade, pagou com o martírio o rigor moral que ele não só pregava, mas punha em prática, sem ceder também diante da ameaça de morte.        A 29 de Agosto a Igreja lembra com uma segunda comemoração litúrgica, o martírio do Batista, protótipo do monge e do missionário.

Mãe Rainha - padroeira da comunidade Araçazinho
18 de Outubro

A devoção a Nossa Senhora de Schoenstatt esta ligada ao movimento criado pelo Pe. José Kentenich, em 1912, na Alemanha, exatamente na cidade de Schoenstatt, nome que significa “lugar belo”. Sua obra se difundiu rapidamente pelo mundo e com ela  a devoção à Virgem de Schoenstatt. Ergueram-se santuários em diversos países. São centros para manifestação das “graças” de Maria, “companheira e colaboradora oficial e permanente de Cristo em toda obra da redenção”, como a define Pe. Kentenich. Em 1915, o titulo “Maria Três Vezes Admirável” foi dado à imagem esculpida pelo italiano Crosio, adotada na capela e mundialmente difundida. Maria é venerada como intercessora junto a Deus, alcançando tríplice graça a seus devotos: a graça do abrigo espiritual, a graça da transformação interior e a graça da missão e da fecundidade apostólica. Esta devoção exprime-se também pela renovação da aliança de amor com Maria.

Sagrada Família - padroeiros das comunidades Curralinho e Sítios Novos
30 de Dezembro

A Sagrada Família viveu no silêncio de uma casa humilde e pobre de Nazaré. José e Maria, ambos descendentes da régia estirpe de Davi, não procuravam sair da condição modestíssima de sua vida, não se lamentavam da sua pobreza, mas de boa vontade viviam sujeitos à vontade de Deus, que, sendo rei do céu e da terra, se escondeu sob o aspecto da humana miséria. A Sagrada Família viveu no silêncio do trabalho das suas próprias mãos. José trabalhava na oficina de carpinteiro, Maria ocupava-se com os afazeres domésticos de dona de casa, e Jesus ajudava a ambos, conforme a necessidade e a vontade dos pais. Mas o trabalho da Sagrada Família não os afastava da oração e da união com Deus.
Via-se a Sagrada Família em exercício continuo e heróico de virtudes: José era o homem justo por excelência: Maria, a senhora, cheia de graça, Jesus apresentava a santidade em pessoa. A Sagrada Família viveu experimentando as mais duras provações, com que Deus distingue só as almas santas. Ora como não é possível imaginar-se numa família mais santa, não se pode tão pouco fazer idéia de provas mais dolorosas, que aquelas sofridas pela Sagrada Família.
            A missão da Sagrada Família era sofrer pela redenção do mundo, e pela santificação da dor. Além de outras misérias corporais, comuns a todos, ela havia de sofrer os efeitos da pobreza, as inclemências da fuga para o Egito, a perseguição, o desprezo, a indiferença dos patrícios, que obstinadamente fechavam os olhos à luz, rejeitando o reino de Deus e trocando-o pelo sonho de um reino terrestre.
            Mas como em toda família cada um tem uma missão particular a cumprir, e como o termo do cumprimento dessa missão bem raramente coincide com a missão cumprida dos outros, Deus geralmente chama a si, não todos de uma vez, mas um membro da família depois do outro, conforme cada um tiver cumprido sua tarefa. Morreu primeiro São José, isto é, quando sua missão de pai adotivo estava cumprida  e  Jesus,  já  de  idade  madura,  podia, humanamente falando, ser o arrimo de sua mãe. Quando estava terminada sua missão de pai putativo, e tinha chegado a hora de Jesus se revelar ao mundo, o santo Patriarca expirou nos braços de Maria e Jesus. Morreu depois Jesus, de morte dolorosíssima, voluntariamente por ele aceita pela Redenção do mundo. Morreu publicamente, em presença de uma grande multidão de povo, em Jerusalém. Ele, que quis nascer na penumbra de uma pobre choupana, morreu exclamando: Consumatum est. Estava terminada sua missão dolorosa mas necessária. “foi preciso Cristo morrer e ressuscitar”. (At. 17,3). Morreu e ressuscitou, quando ainda viviam sua mãe, seus apóstolos e discípulos, que lhe deram o mais solene testemunho.

Nossa Senhora de Fátima - padroeira das comunidades Patacas e Área Verde
13 de Maio

“Corria o ano de 1917. Era triste a situação da humanidade. A primeira guerra mundial ensangüentava a Europa, tendo conseqüências desastrosas para todo o planeta. A corrupção moral se alastrava perigosamente, ameaçando os fundamentos da família, da religião e dos bons costumes. Nossa Senhora, como Mãe Misericordiosa resolveu intervir para socorrer a humanidade pecadora. Apareceu a 13 de Maio a três pastorzinhos chamados Lucia 10 anos, Francisco 9 anos e Jacinta 7 anos, em Portugal, num lugar chamado Cova da Iria, no distrito de Fátima, dando mensagens curtas e preciosas. Essas mensagens nada acrescentavam à Revelação das Sagradas Escrituras, mas punham em destaque as verdades fundamentais da fé. Maria pedia que acreditássemos sem vacilação no céu, no inferno e no purgatório, que fizéssemos da oração e da penitência o caminho para uma conversão sincera. Afirmava que a grande guerra mundial que tantos males causava à humanidade era um aviso que Deus mandara para advertir os homens sobre a gravidade dos pecados que estavam cometendo. Maria prometeu que a guerra em breve acabaria. Mas outros males viriam, até piores, se a humanidade não entrasse em uma sincera conversão”.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - padroeira da comunidade Pau Pombo
27 de Junho

Existia, na ilha de Creta, um quadro da Virgem Maria venerado pela população, a quem era atribuído muitos milagres. Um rico negociante pensando em ganhar um bom dinheiro, tirou o quadro e levou-o para vender em Roma. Durante a viagem, na travessia do Mediterrâneo, houve uma grande tempestade e sem que as pessoas soubessem que o quadro viajava naquele navio, invocaram a Virgem Maria e a tormenta passou e a embarcação ancorou sã e salva num porto italiano. Tempos depois o comerciante faleceu e Nossa Senhora Apareceu à filha da mulher que guardava o quadro em sua casa, pedindo que a imagem de Santa Maria do Perpétuo Socorro deveria ser colocada numa Igreja. Em 1499 o quadro foi entronizado na capela de São Mateus, em Roma, onde permaneceu por mais de 300 anos até quando o templo foi criminosamente destruído. No século XIX, Pio IX entregou o antigo prédio aos Redentoristas e novamente, por inspiração de Maria, o quadro foi encontrado e conduzido ao seu santuário com a recomendação do papa aos filhos de Santo Afonso de Ligório: “Fazei que todo o mundo conheça o Perpétuo Socorro”. A devoção espalhou-se pelo mundo. Chegou ao Brasil por volta de 1893. O Rio de Janeiro e outras cidades do sul, logo acolheram a Virgem do Perpétuo Socorro, que logo tornou-se uma devoção popular.  

Nossa Senhora das Graças - padroeira da comunidade Presídio
26 de Novembro

A devoção à Nossa Senhora Medianeira de todas as graças, segundo a tradição, teve origem em Paris, durante a grande epidemia de 1830/32. Foram incontáveis os milagres que a Virgem Maria realizou em favor dos seus devotos. No início do século XIX, mais exatamente no dia 27 de novembro de 1930, Maria apareceu à jovem Catarina Labouré, noviça da Congregação das Filhas da Caridade, em um convento de Paris (França). Ela estava rezando quando a mãe de Deus apareceu-lhe numa espécie de quadro oval. Estava de pé sobre o globo terrestre, do qual só se enxergava a metade, e em seu pé esmagava a cabeça de uma serpente. Vestia uma túnica branca e um manto azul que lhe caía até os pés e suas mãos estendidas, traziam nos dedos vários anéis com belíssimas pedras, das quais partiam raios de luz de indescritível brilho, que iam aumentando à medida que desciam. Ela disse a Santa Catarina: “estes raios são o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que me invocam.” Em volta do quadro ela viu escritas, com letras de ouro, as palavras: “ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.
            No verso do quadro havia a letra M encimada por uma cruz, com risco na base e por baixo do monograma de Maria os corações de Jesus e de sua Mãe Santíssima; o primeiro, cercado da coroa de espinhos e outro transpassado por uma espada. Ao redor destes símbolos havia uma coroa de doze estrelas. Ouviu então uma voz dizendo para ela mandar cunhar uma medalha daquele modelo e as pessoas que a trouxessem consigo receberiam grandes graças. A mesma visão e a mesma ordem se repetiram no mês de Dezembro. Após alguns fatos extraordinários, em 1832, o Monsenhor Quelen, autorizou para que fosse feita a medalha e a primeira foi entregue a Catarina. Foi rápida a sua propagação. Em apenas quatro anos foram feitas mais de dois milhões de medalhas, com os dizeres em cinco idiomas. As noticias sobre curas e milagres, se multiplicavam a cada dia. No Brasil a devoção parece ter chegado pelo Rio Grande do Sul, com os imigrantes italianos.

Nossa Senhora dos Navegantes - padroeira da comunidade Barro Preto
2 de Fevereiro

Esta devoção, muito forte entre pescadores e marinheiros, surgiu na Idade Média, no tempo das cruzadas. Ao cruzar o mar Mediterrâneo, em direção à Terra Santa, os guerreiros invocam a proteção de Maria. A mesma invocação esteve presente na época dos grandes descobrimentos marítimos. Portugueses e espanhóis que se aventuravam pelos oceanos pediam proteção a Nossa Senhora dos Navegantes. Hoje ela é muito invocada por pescadores e marinheiros. Sua festa, celebrada dia 2 de Fevereiro, é marcada pela dupla procissão com a imagem: por terra e pelas águas.

Nossa Senhora de Guadalupe - padroeira da comunidade Lagoa da Encantada
12 de Dezembro

Nossa Senhora de Guadalupe (em espanhol Nuestra Señora de Guadalupe), também chamada de Virgem de Guadalupe, é um culto mariano originário do México. É considerada pelos católico a Patrona da Cidade do México (1737), do México (1895), da América Latina (1945) e Imperatriz da América (2000). Sua origem está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua, Juan Diego Cuauhtlatoazin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9 de Dezembro de 1531. 
Pelos relatos, uma "Senhora do Céu" apareceu a Juan Diego, identificou-se como a mãe do verdadeiro Deus, fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo, que exigira alguma prova de que efetivamente a Virgem havia aparecido. Juan foi instruído por ela a dizer ao Bispo que construísse um templo no lugar, e deixou sua própria imagem impressa milagrosamente em seu Tilma, em um tecido supostamente de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos mas que não mostra sinais de deteriorização até ao presente. Um estudo realizado no Instituto de Biologia da Universidade Nacional Autônoma do Méximo, em 1946, comprovou que as fibras do tecido correspondem as fibras de agave, tais fibras não duram mais do que vinte anos.
Em ampliações da face de Nossa senhora, os seus olhos, na imagem gravada, parecem refletir o que estava à Sua frente em 1531 - Juan Diego, e o bispo. Porém, alguns acreditam que isto pode ser explicado pelo fenômeno da pareidolia. O assunto tem sido objeto de inúmeras investigações científicas. É venerada no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e a sua festa é celebrada em 12 de Dezembro.